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Ordens do Amor – Parte 2

Quem somos nós? Onde está o amor?

Não é uma explicação ao filme, nem tampouco uma nova releitura.
É apenas um questionamento individual e que nesse âmbito serve ao coletivo.
Quando questionamos quem somos, estamos à espera de respostas completas, que abarcam todas as facetas e aspectos da nossa existência.
Quem somos nós na família?

Qual o nosso papel? O que é esperado de nós? Qual o lugar que devemos ocupar e que é nosso por direito?
Será que existe clareza dentro dos papéis que desempenhamos no nosso dia-a-dia?
O que é esperado da mãe?
Que seja a fonte de toda a nutrição dos filhos? Aquela que trouxe, através de suas entranhas, cada um daqueles pequeninos deveria se tornar a única fonte de Amor, compreensão, paciência e orientação?
E de onde ela tiraria todas essas qualidades e virtudes a não ser da própria mãe.
E o que será desta mulher que fica espremida entre os filhos e a sua própria mãe em busca desta conexão?
É desta ordem, que falam as Constelações Familiares, e que buscamos durante uma vivência na qual olhou para nossa história.
Qual o nosso lugar na família?
Ao olharmos para isso torna-se necessário ampliarmos a visão e a experiência. Quando por qualquer motivo não recebemos da nossa mãe aquilo que consideramos “adequado”, suficiente e correto. Passamos a vida ligada a essa “falta”. E a partir daí, justificamos a nossa ausência para com o lugar que deveríamos ocupar no sistema familiar.
Não recebi e não posso dar.
Neste trabalho, apenas quando podemos nos conectar com o que recebemos de fato, com o que tomamos de nossas mães, é que se torna possível uma solução.
Pois, ao nos conectarmos com as entranhas, com o essencial, com a vida que veio através dela é que encontramos o caminho para a Fonte.
E quando religados à Fonte podemos estar disponíveis para dar qualquer coisa aos nossos filhos, inclusive aquilo que não recebemos diretamente de nossos pais.
Ligado à Fonte somos canais condutores de toda gama de sentimentos e qualidades, inclusive para nós mesmos.

Neste momento nos despedimos da exigência infantil de receber tudo dos pais e recebemos tudo da fonte. Assim nos sentimos plenos e agradecidos aos pais por terem sido o elo, o caminho, para essa religação.
Reconectados à Fonte podemos perceber e aceitar nosso lugar no sistema.
O lugar certo, e o tamanho certo.
Cada um de nós tem seu lugar certo no sistema.
Encontrá-lo e aceitá-lo nos torna livres e ao mesmo tempo conectados com todos.
Esta descoberta do lugar é o que trata uma das Ordens do Amor de Bert Hellinger, e que norteia os trabalhos de Constelação Familiar.
Se você quiser encontrar o seu lugar, venha fazer a sua Consulta Individual de Constelação.

Abaixo mais um trecho do texto original “Para o amor dar certo”.

Dando seqüência ao material das palestras de Bert Hellinger, mais um passo na teoria sistêmica e nas Ordens do Amor.

Disse primeiro alguma coisa sobre as ordens do amor entre pais e filhos, do ponto de vista da criança, isto é, do filho para com seus pais. Aqui menciono algumas verdades banais. Elas são tão óbvias que eu quase me envergonho de citá-las. Não obstante, são freqüentemente esquecidas.
O primeiro ponto é que os pais, ao darem a vida, dão à criança, nesse mais profundo ato humano, tudo o que possuem. A isso eles nada podem acrescentar, disso nada podem tirar. Na consumação do amor, o pai e a mãe entregam a totalidade do que possuem. Pertence, portanto, à ordem do amor que o filho tome a vida tal como a recebe de seus pais. Dela, o filho nada pode excluir, nem desejar que não exista. A ela, também, nada pode acrescentar.
O filho é os seus pais. Portanto, pertence à ordem do amor para um filho, em primeiro lugar, que ele diga sim a seus pais como eles são, sem qualquer outro desejo e sem nenhum medo. Só assim cada um recebe a vida: através dos seus pais, da forma como eles são.
Esse ato de tomar a vida é uma realização muito profunda. Ele consiste em assumir minha vida e meu destino, tal como foram dados através de meus pais. Com os limites que me são impostos. Com as possibilidades que me são concedidas. Com o emaranhamento nos destinos e na culpa dessa família, no que houver nela de leve e de pesado, seja o que for.
Essa aceitação da vida é um ato religioso. É um ato de despojamento, uma renúncia a qualquer exigência que ultrapasse o que me foi transmitido através de meus pais. Essa aceitação vai muito além dos pais. Preciso olhar para além deles, para o espaço distante de onde se origina a vida e me curvar diante de seu mistério. No ato de tomar os meus pais, digo sim a esse mistério e me ajusto a ele.
O efeito desse ato pode ser comprovado na própria alma. Imaginem-se curvando-se profundamente diante de seus pais e dizendo-lhes: “Eu tomo esta vida pelo preço que me custou a vocês e que custa a mim. Eu tomo esta vida com tudo o que lhe pertence, com seus limites e oportunidades”. Nesse exato momento, o coração se expande. Quem consegue realizar esse ato, fica bem consigo, sente-se inteiro.
Como contraprova, pode-se igualmente imaginar o efeito da atitude oposta, quando uma pessoa diz: “Eu gostaria de ter outros pais. Não os suporto como eles são”. Que atrevimento! Quem fala assim, sente-se vazio e pobre, não pode estar em paz consigo mesmo.
Algumas pessoas acreditam que, se aceitarem plenamente seus pais, algo de mal poderá infiltrar-se nelas. Assim, não se expõem à totalidade da vida. Com isto, contudo, perdem também o que é bom. Quem assume seus pais como eles são, assume a plenitude da vida como ela é.

Leia mais aqui: https://nathaliefavaron.com.br/ordens-do-amor-parte-1/

 

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